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O Grande Conflito
tabernáculo era “uma alegoria para o tempo presente em que se ofe-
reciam dons e sacrifícios”; que seus lugares santos eram “figuras das
coisas que estão nos Céus”; que os sacerdotes que ofereciam dons
segundo a lei, serviam de “exemplar e sombra das coisas celestiais”,
e que “Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós
perante a face de Deus.”
Hebreus 9:9, 23
;
Hebreus 8:5
;
Hebreus
9:24
.
[414]
O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o
grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma
cópia. Deus pôs Seu Espírito sobre os construtores do santuário
terrestre. A habilidade artística patenteada no trabalho era uma
manifestação da sabedoria divina. As paredes tinham a aparência de
ouro maciço, refletindo em todas as direções a luz das sete lâmpadas
do castiçal de ouro. A mesa dos pães da proposição e o altar do
incenso fulguravam como ouro polido. A magnífica cortina que
formava o teto, bordada de figuras de anjos, nas cores azul, púrpura
e escarlata, aumentava a beleza do cenário. E, além do segundo véu,
estava o sagrado shekinah, a visível manifestação da glória de Deus,
ante a qual ninguém, a não ser o sumo sacerdote, poderia entrar e
viver.
O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista hu-
mana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor,
ministra por nós perante o trono de Deus. A morada do Rei dos
reis, em que milhares de milhares O servem, e milhões de milhões
estão em pé diante dEle (
Daniel 7:10
), sim, aquele templo, repleto
da glória do trono eterno, onde serafins, seus resplandecentes guar-
das, velam a face em adoração — não poderia encontrar na estrutura
mais magnificente que hajam erigido as mãos humanas, senão pálido
reflexo de sua imensidade e glória. Contudo, importantes verdades
relativas ao santuário celestial e à grande obra ali levada a efeito
pela redenção do homem, eram ensinadas pelo santuário terrestre e
seu culto.
Os lugares santos do santuário celeste são representados pelos
dois compartimentos do santuário terrestre. Sendo, em visão, con-
cedido ao apóstolo João vislumbrar o templo de Deus nos Céus,
contemplou ele, ali, “sete lâmpadas de fogo” que “diante do trono
ardiam.”
Apocalipse 4:5
. Vi um anjo, “tendo um incensário de ouro;