Página 369 - O Grande Conflito

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O santuário celestial, centro de nossa esperança
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fere-se primeiramente, ao tabernáculo construído por Moisés, como
figura das coisas celestiais; e, em segundo lugar, ao “verdadeiro
tabernáculo”, no Céu, para o qual o santuário terrestre apontava. À
morte de Cristo, terminou o serviço típico. O “verdadeiro taberná-
culo”, no Céu, é o santuário do novo concerto. E como a profecia
de
Daniel 8:14
se cumpre nesta dispensação, o santuário a que ela
se refere deve ser o santuário do novo concerto. Ao terminarem os
2.300 dias, em 1844, já por muitos séculos não havia santuário sobre
a Terra. Destarte, a profecia — “Até duas mil e trezentas tardes e
manhãs; e o santuário será purificado”, aponta inquestionavelmente
para o santuário do Céu.
A questão mais importante, porém, ainda está para ser respon-
dida: Que é a purificação do santuário? Que houve tal cerimônia com
referência ao santuário terrestre, acha-se declarado nas Escrituras
do Antigo Testamento. Mas poderá no Céu haver alguma coisa a
ser purificada? No
Capítulo 9
de Hebreus a purificação do santuário
terrestre, bem como a do celestial, encontra-se plenamente ensinada.
“Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e
sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era
bem necessário que as figuras das coisas que estão no Céu assim
se purificassem [com sangue de animais]; mas as próprias coisas
celestiais com sacrifícios melhores do que estes” (
Hebreus 9:22, 23
),
ou seja, com o precioso sangue de Cristo.
A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria exe-
cutar-se com sangue: no primeiro com sangue de animais, no último
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com o sangue de Cristo. Paulo declara, como razão por que esta
purificação deve ser efetuada com sangue, que sem derramamento
de sangue não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pe-
cado, é a obra a efetuar-se. Mas, como poderia haver pecado em
relação com o santuário, quer no Céu quer na Terra? Isto se pode
compreender por uma referência ao culto simbólico; pois que os
sacerdotes que oficiavam na Terra serviam de “exemplar e sombra
das coisas celestiais.”
Hebreus 8:5
.
O serviço no santuário terrestre dividia-se em duas partes: os
sacerdotes ministravam diariamente no lugar santo, ao passo que
uma vez ao ano o sumo sacerdote efetuava uma obra especial de
expiação no lugar santíssimo, para a purificação do santuário. Dia
após dia, o pecador arrependido levava sua oferta à porta do taber-