Página 269 - O Grande Conflito

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A esperança que infunde alegria
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tal vitória, ampla e final, será alcançada.” — Ibidem. “Este é o dia
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que todos os crentes devem almejar, esperar e aguardar, como cum-
primento de toda a obra de sua redenção, e de todos os desejos e
esforços de sua alma.” “Apressa, ó Senhor, este bem-aventurado
dia!” — Baxter. Esta foi a esperança da igreja apostólica, da “igreja
no deserto”, e dos reformadores.
A profecia não somente prediz a maneira e objetivo da vinda
de Cristo, mas apresenta sinais pelos quais os homens podem saber
quando a mesma está próxima. Disse Jesus: “Haverá sinais no Sol,
na Lua, e nas estrelas.”
Lucas 21:25
. “O Sol escurecerá, e a Lua
não dará a sua luz. E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão
no céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem nas
nuvens, com grande poder e glória.”
Marcos 13:24-26
. O profeta do
Apocalipse assim descreve o primeiro dos sinais que precedem o
segundo advento: “Houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-
se negro como saco de cilício, e a Lua tornou-se como sangue.”
Apocalipse 6:12
.
Estes sinais foram testemunhados antes do início do século XIX.
Em cumprimento desta profecia ocorreu no ano 1755 o mais terrí-
vel terremoto que já se registrou. Posto que geralmente conhecido
por terremoto de Lisboa, estendeu-se pela maior parte da Europa,
África e América do Norte. Foi sentido na Groenlândia, nas Índias
Ocidentais, na Ilha da Madeira, na Noruega e Suécia, Grã-Breta-
nha e Irlanda. Abrangeu uma extensão de mais de dez milhões de
quilômetros quadrados. Na África, o choque foi quase tão violento
como na Europa. Grande parte da Argélia foi destruída; e, a pequena
distância de Marrocos, foi tragada uma aldeia de oito ou dez mil
habitantes. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da África,
submergindo cidades, e causando grande destruição.
Foi na Espanha e Portugal que o choque atingiu a maior vio-
lência. Diz-se que em Cádiz a ressaca alcançou a altura de vinte
metros. Montanhas, “algumas das maiores de Portugal, foram impe-
tuosamente sacudidas, como que até aos fundamentos; e algumas
delas se abriram nos cumes, os quais se partiram e rasgaram de
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modo maravilhoso, sendo delas arrojadas imensas massas para os
vales adjacentes. Diz-se terem saído chamas dessas montanhas.” —
Princípios de Geologia, Sir Charles Lyell.